sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Dono da terra.

O Dono da terra.


Um grito de guerra do forte nasceu
Como um trovão que se impõe na tempestade
Para tingir a vitória,
No combate em que até hoje teu povo viveu.


Tiram o chão não te deixam trabalhar
Matam teus filhos, te expulsam...
Não querem que eles vivam
Para na terra produtiva plantar.


Esses grandes latifundiários, com tanta terra
Que não sabem o tamanho de seu pertence
E quando falam em reforma....não convence
Tentando justificar, provocam a guerra.

O lavrador humilhado se arma e ataca
Invade fazendas, se instala com a família
Ergue seus barracos, se enquadrilham
Para poder enfrentar a velhaca.


O doce do chão produtivo vai crescendo
Dando sustento para tanta gente
E parece que de agora em diante
De fome na se vai mais perecendo


De noite vem toda a capangada do fazendeiro,
esse ganancioso,
Dando tiro para todo lado
E botando fogo em toda palhada

Morre o pobre trabalhador, como herói
Que só queria um pedaço de chão para plantar
Não queria ser dono...apenas trabalhar
Para matar a fome que aos filhos corrói

Vai crescendo o povo da roça, abandonado,
Sair para os grandes centros....É destino
Sair do cabo da enxada
Para dar mão de obra em prédio eriçado

Luta meu povo, põe para fora tua ira
Mostra que você é dono de tudo
Endureça a luta, de o entrudo
Fecha o punho e, como bravo, se atira

Não deixa teu sangue manchar o chão
Nem deixe que te pisem ou maltratem
Pois um povo trabalhador não se abate
Pra que sua luta não seja em vão.

Jose Luiz Paiva

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