sábado, 19 de abril de 2008

Cadê minhas rimas?

Cadê meus versos com
Minhas rimas?
Estão arrebentando
Com meus encontros
Fonéticos
Não passo na rua
Nem com tua
Ou sem sua
Companhia
Cadê meus versos
Em que as rimas
Escaparam por entre
Meus dedos
E se foram.
Estraçalharam tudo!
Estão colocando hífem
Separando meda-
Lhas ganhas por toda minha vida
Produzindo e nada tenho.
Onde estão meus versos
Com todas as rimas
E meus sistemas diversos
Para que nada se oprima?


Jose Luiz Paiva

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vida

Estas à minha frente
Linda
Chamando-me para amá-la.
Despida
Fazes-te convincente
E eu me atiro a você
Entregando-me de corpo e alma
Estou despojado
De pudor
Perante você.
Por você eu me contenho
E me abstenho.
Entrelaço-me
E abraço nas suas curvas
Em seus altos e baixos
Em você me agarro
Pois é única coisa que
Tenho... vida
E quero vivê-la

Jose Luiz Paiva

domingo, 13 de abril de 2008

Desejo insano.

Por que vives febrilmente
Atrás de mim
Sem ao menos querer
Saber se te quero?
Não sabes que amo
Uma pessoa em especial
Ou se sabe, quer
Importunar-nos
Se quiseres nos submeter
Aos seus ataques
Aos seus achaques
Perderás tempo

Fortes e unidos estamos
Para que não nos deixemos
Ser vencidos pela
Sua insana insensatez
Tua não ama
Apenas deseja
Se é que tem esse sentimento.
Quem sabe seu desejo seja apenas de obstruir
O caminho da felicidade de alguém.
Sei que se não fora eu o escolhido
Outro o seria.
Você não me distinguiu
Apenas me apontou

Mas o amor chegará,
O teu amor
E apesar de tudo, em tudo
Desejo-te Paz!



Jose Luiz Paiva

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Viciado

Fuja de tuas aversões
De teus medos
De tuas relíquias
Inconseqüentes
Que corrompem tua vida.
Fuja de teus abismos
Dos teus horrores
Dessa vida insana
Infiltradas em tuas artérias.
Fuja de teus amigos
Abrace teus inimigos
Que a aversão no tempo te enraizou
Seus absolutos
São obsoletos
Mas você não é
Nem absoluto e nem obsoleto.

Jose Luiz Paiva

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Cascata

Cascata
Linha d'água
Nós.

Nós na cascata
Em amor
A sós.


Na cascata
Brilha o sol.
Juntos somos um.

Nós, a cascata, o amor
E a vida flui
La fora.

Esquecidos de tudo
Nos entregamos
A cascata é testemunha

Só nós...
A cascata...
A vida. O amor!

Jose Luiz Paiva

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Buquê de Flores

(Para Professora Vanessa)

Entrego-lhe esse buquê
De flores, que você cuidou
Com carinho e agora
As vê tão viscosas.
Não são flores comuns, são as mais diversas que
Um dia ao vê-las ainda
Em botões, achou que poderia cultivá-las.
Colocou sua esperança
Seu conhecimento sobre
As mais simples flores
E sobre as mais difíceis de vingar.
Todo o dia regava um pouquinho, colocava o adubo,
Um suporte para que
Permanecesse ereta.
Suas flores foram crescendo
Tornando-se a alegria de
De muitas vidas.
E como estão lindas, bem cuidadas
Destacando-se dentro
De um jardim diversificado.
Não foi fácil escolher as
Flores para esse buquê,
Pois todas estão bem formadas.
Essas flores são seus alunos
O adubo passado foi seu conhecimento
A irrigação foi sua dedicação
Para ensiná-los.
O fez tão bem que nenhuma se perdeu
Todas virarão buquês e levarão alegrias pela vida afora
Sei que durante sua vida
Haverá muitos jardins
Onde sairão muitas flores
Para formar novos buquês.

Jose Luiz Paiva