quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Coisas do amor.

Como num abraço de saudade
Em que todos os toques são sentidos.
Como num belo discurso de criança
Que todos fingiram acreditar.
Como mãos entrelaçadas
Que todos se apertam dominantes.
Como todos os sonhos que tivemos
E jamais gostaríamos de esquecer.
Como as folhas secas do outono
Que teimam em cair dos galhos.
Como a primavera que chega
E que depressa vai embora.
Como um sorriso de criança
Ensinando-nos que estamos vivos.
Como num olhar lépido de um animal
Não sabemos se o medo é nosso ou dele.
Como tudo isso que existe
Nós também nos encontramos.

Jose Luiz Paiva

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