quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Um dos melhores poemas que li e por isso faço questão de colocar no meu Blog: (Sem revisão)

ANTES DE SER MÃE!
Antes de ser mãe eu fazia e comia os alimentos ainda
quentes.
Eu não tinha roupas manchadas.
Eu tinha calmas conversas ao telefone.
Eu dormia o quanto eu queria e nunca me preocupava com
a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes.
Eu não tropeçava em brinquedos nem pensava em canções
de ninar.


Antes de ser mãe eu não me preocupava se minhas
plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas eram
coisas em que eu não pensava.


Antes de ser mãe ninguém vomitou nem fez xixi em mim,
nem me
beliscou sem nenhum cuidado, com dedinhos de unhas
finas.
Eu tinha controle sobre a minha mente, meus pensamentos,
meu corpo e meus sentimentos. ... EU DORMIA A NOITE TODA ...


Antes de ser mãe eu nunca tive que segurar uma criança
chorando
para que médicos pudessem fazer testes ou aplicar
injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos olhos que choravam.
Eu nunca fiquei gloriosamente feliz com uma simples
risadinha.
Eu nunca fiquei sentada horas e horas olhando um bebê
dormindo.


Antes de ser mãe eu nunca senti meu coração se
despedaçar quando não pude estancar uma dor.
Eu nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina pudesse
mudar tanto a minha vida.
Eu nunca imaginei que pudesse amar alguém tanto assim.

EU NÃO SABIA QUE ADORARIA SER MÃE.
Eu não conhecia a sensação de ter meu coração fora
do meu próprio corpo.
Eu não conhecia a felicidade de alimentar um bebê faminto.
Eu não conhecia esse laço que existe entre a mãe
e a sua criança.

EU NÃO IMAGINAVA QUE ALGO TÃO PEQUENINO
PUDESSE FAZER-ME SENTIR
TÃO IMPORTANTE!


Pedro, voce é a coisa mais importante que aconteceu em minha vida,
EU TE AMO meu filho!!!

Sandra Lima

sábado, 8 de novembro de 2008

Noite chuvosa.
Marisa Barrionuevo Paineli

Sinto tua ausência nesta noite chuvosa.
Sinto falta da tua voz,
Do teu olhar que conheço tão bem,
Da tua forma de me amar.

Onde estão teus pensamentos nesta noite nebulosa?
Onde está a tua calma, a tua alegria de viver?

Quero de volta o brilho do teu olhar,
O encanto da tua presença.

Caminho pelo jardim em busca de respostas
Ouço o canto do Urutau,
Sinto as gotas da chuva.
Não encontro respostas,
Não sinto tua luz em meu ser.

Caminho em uma busca sem fim,
Não sei se me aproximando de ti
Ou me perdendo de mim.

Marisa Barrionuevo Paineli.
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=13730882534411030354

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Órbita.

Amores
Já os tive, não os tenho

Escolhi
Fui escolhido pára ficar de fora

Ando
Divagando pelos meus costumes


Perdi
O senso da insensatez

Vou
Pra lugar algum que não conheça

Mas sei
Que vida tenho e essa não entrego

Nem pra
Você!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

À minha amiga Élide

Estrela brilhante
Luz de imensa claridade
Indicando que a vida
Denota muito o amor
Exaltado pelos Poetas

Contínua paz exalada
Raridade de grande valor
Ilustrando em cada um o
Sorriso que possa expor
Traz consigo o amor dos grandes
Inato a cada ser humano
Navegando pelos mares da vida
Alcançando seu objetivo

Dedicada expoente
Amando a todos e a tudo

Sem escolher a quem
Impossível também não amá-la
Levando-a no canto do coração
Valorizando-a por sua dedicação
A todos os seus amigos.

Jose Luiz Paiva
09/07/2008

sábado, 19 de abril de 2008

Cadê minhas rimas?

Cadê meus versos com
Minhas rimas?
Estão arrebentando
Com meus encontros
Fonéticos
Não passo na rua
Nem com tua
Ou sem sua
Companhia
Cadê meus versos
Em que as rimas
Escaparam por entre
Meus dedos
E se foram.
Estraçalharam tudo!
Estão colocando hífem
Separando meda-
Lhas ganhas por toda minha vida
Produzindo e nada tenho.
Onde estão meus versos
Com todas as rimas
E meus sistemas diversos
Para que nada se oprima?


Jose Luiz Paiva

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Vida

Estas à minha frente
Linda
Chamando-me para amá-la.
Despida
Fazes-te convincente
E eu me atiro a você
Entregando-me de corpo e alma
Estou despojado
De pudor
Perante você.
Por você eu me contenho
E me abstenho.
Entrelaço-me
E abraço nas suas curvas
Em seus altos e baixos
Em você me agarro
Pois é única coisa que
Tenho... vida
E quero vivê-la

Jose Luiz Paiva

domingo, 13 de abril de 2008

Desejo insano.

Por que vives febrilmente
Atrás de mim
Sem ao menos querer
Saber se te quero?
Não sabes que amo
Uma pessoa em especial
Ou se sabe, quer
Importunar-nos
Se quiseres nos submeter
Aos seus ataques
Aos seus achaques
Perderás tempo

Fortes e unidos estamos
Para que não nos deixemos
Ser vencidos pela
Sua insana insensatez
Tua não ama
Apenas deseja
Se é que tem esse sentimento.
Quem sabe seu desejo seja apenas de obstruir
O caminho da felicidade de alguém.
Sei que se não fora eu o escolhido
Outro o seria.
Você não me distinguiu
Apenas me apontou

Mas o amor chegará,
O teu amor
E apesar de tudo, em tudo
Desejo-te Paz!



Jose Luiz Paiva

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Viciado

Fuja de tuas aversões
De teus medos
De tuas relíquias
Inconseqüentes
Que corrompem tua vida.
Fuja de teus abismos
Dos teus horrores
Dessa vida insana
Infiltradas em tuas artérias.
Fuja de teus amigos
Abrace teus inimigos
Que a aversão no tempo te enraizou
Seus absolutos
São obsoletos
Mas você não é
Nem absoluto e nem obsoleto.

Jose Luiz Paiva

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Cascata

Cascata
Linha d'água
Nós.

Nós na cascata
Em amor
A sós.


Na cascata
Brilha o sol.
Juntos somos um.

Nós, a cascata, o amor
E a vida flui
La fora.

Esquecidos de tudo
Nos entregamos
A cascata é testemunha

Só nós...
A cascata...
A vida. O amor!

Jose Luiz Paiva

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Buquê de Flores

(Para Professora Vanessa)

Entrego-lhe esse buquê
De flores, que você cuidou
Com carinho e agora
As vê tão viscosas.
Não são flores comuns, são as mais diversas que
Um dia ao vê-las ainda
Em botões, achou que poderia cultivá-las.
Colocou sua esperança
Seu conhecimento sobre
As mais simples flores
E sobre as mais difíceis de vingar.
Todo o dia regava um pouquinho, colocava o adubo,
Um suporte para que
Permanecesse ereta.
Suas flores foram crescendo
Tornando-se a alegria de
De muitas vidas.
E como estão lindas, bem cuidadas
Destacando-se dentro
De um jardim diversificado.
Não foi fácil escolher as
Flores para esse buquê,
Pois todas estão bem formadas.
Essas flores são seus alunos
O adubo passado foi seu conhecimento
A irrigação foi sua dedicação
Para ensiná-los.
O fez tão bem que nenhuma se perdeu
Todas virarão buquês e levarão alegrias pela vida afora
Sei que durante sua vida
Haverá muitos jardins
Onde sairão muitas flores
Para formar novos buquês.

Jose Luiz Paiva

sábado, 22 de março de 2008

Circular

(ônibus das 07 horas)



É de manhã bem cedo
Olhos vigilantes te procuram
Corpos ainda cansados te esperam
E tu vens chegando
Tudo na hora marcada
A tua partida,
Nossa chegada,
novo dia de trabalho.
Vão misturando essa gente
Bancários, pedreiros,
Vigilantes, bombeiros
Que na luta são irmãos.
Em cada parada, sobem mais
Mãos que erguem nosso Brasil,
Alí dentro venturas mil
Assemelham-se em cada boca
Também há doentes que buscam
As portas do I.N.P.S
Criança que não esquece
O dever de ir à escola.
Moças, rapazes, bonitos ou feios
Todos se agrupam, se entendem
E tu por certo compreendes
Seus anseios e desejos.
Nova manhã bem cedo
Tudo se repete ponto a ponto
E a gente mesmo em desconforto
Te espera ansioso.



Jose Luiz Paiva

sexta-feira, 21 de março de 2008

Tributo ao meu Pai

(Jose Paiva)


Quantas vezes quis
Comparar-me
A você, sem saber que
É impossível. Não há comparação.
Teu trato
Teu jeito
São seus!
Não tenho nada igual.
São muitas as nossas diferenças.
Teu tempo
Teu amor
São teus.
Meu tempo
Meu jeito
São meus.
Só o amor que você
Me deu
É comparado ao amor
Que tenho por você.
Falamos sobre tantas coisas
Que a vida nos ofereceu
Ou nos tirou.
Mas muitas vezes esqueci
De dizer que você
É minha sustentação.

Te amo e não é amor de poeta
É amor de filho

Jose Luiz Paiva.

quinta-feira, 20 de março de 2008

O Protestante

Fiz do meu silêncio
Minha forma de protestar
Não sei se dará certo.

Sei que protesto por tudo
E por nada. Quero protestar
Mesmo que esteja certo.

Mas se estiver, e daí?
Quero protestar contra
O meu protesto.

Incompreensível, sei disso
Mas é minha fórmula
De vida. Vida vivida.

Se não for dessa maneira
Será simples essa minha vida,
Sem apego e sem apelo.

Mais tarde quando tudo estiver
No final, ainda serei conhecido
Como o protestante.

Não terei passado pela vida
De alguma maneira terei ajudado
A ficar melhor

Pelo menos para mim
Para meu ego
Ah! Mas se eu estiver certo?

Jose Luiz Paiva

quarta-feira, 19 de março de 2008

Final de tudo

A intenção de te encontrar agora
Não foi para te abraçar e beijar
Mas, para dizer que estamos errados
E não podemos, nem devemos insistir
Em nosso caso.
Não sou teu e nem você é minha, a não ser
Por esporádicos momentos achados no nosso
Dia_a_dia, e que não nos dá o direito
De ferir quem nos dá confiança.
Se de fato fôssemos um do outro, não haveria
Necessidade de fugirmos da nossa realidade,
Mesmo que por instantes.
Nunca ouvimos de nossas bocas, um para o outro
Dizer...eu te amo!
Pois o amor de fato e lógico, está longe daqui.
Aqui apenas a satisfação de alguns encontros
Sem endereços, sem endossos e sem indultos.
Vai como vou, sem riso, sem lágrimas e,
Sem mais encontros.

Jose Luiz Paiva

terça-feira, 18 de março de 2008

O que pode ser?

Esse seu sorriso, talvez tenha sido
O mais belo sorriso a mim dirigido,
E que acalentou minhas noites
Bem dormidas, onde o sonho foi você.
Sorriso que o poeta não descreve como deveria fazê-lo,
Mas não se esquece das nítidas mensagens
Enviadas, para delírio de um coração esperançoso.
Sorriso que mal compreendido, se transforma
Na loucura de ser amigo dos instantes necessários,
Não o amor dos momentos eternos.

Jose Luiz Paiva

segunda-feira, 17 de março de 2008

Desconhecidos

Nunca nos vimos com a visão dos olhos
Mas sempre nos olhamos com a visão da alma
Que na distância, onde nos encontramos
Mostra cada detalhe um do outro.
E isso é o que importa, mesmo
Que nunca possamos nos olhar
Frente a frente, cara a cara.
Sabemos que foi o destino que nos ajudou
Nesse encontro, quase abstrato,
Pois não temos rosto, mas existimos
E nossa história é por isso, muito mais bonita.

Jose Luiz Paiva

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Professora

Maria!
Minha segunda mãe
Que tal qual a primeira
Também me ensinou a caminhar.
Entregou-me o verbo, sujeito, pretérito
Ligação Direta
Para que eu possa me apoiar.
Aylza!
Do apoio incondicional
Na formação do homem,
Dos conselhos, do estudo
Da clara felicidade
Quando o aluno vence

Você foi um tempo que passou
Mas marcou
E não haverá substituto
Para seu lugar
Ficará vazia, a cadeira
De uma imortal.

Jose Luiz Paiva

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Melancólico



Doce e lúgubre esperança
Revoando os pensamentos
Desatinados desse homem
Que se perde na vil teimosia
De se bem querer, sem querer
Saber o rumo de seus atos.
Chora o choro dos destemidos
Que perdidos pelos caminhos
Acham-se, inclinados a vivenciar
As mais altruístas aventuras.
Mas quando dá por si
Está só, no divã da própria vida
Se propondo a ser o que
Não foi e jamais será!

Jose Luiz Paiva

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Penumbra





Eu....sou apenas um
Que passa em cada esquina,
E ninguém vê...!
Sou apenas uma matéria
Ocupando lugar no espaço
Que poderia ser de outro.
Na ponta da linha,
Na ponta da rua
Sou aquele que vive
E não tem gosto pela vida
Apenas sigo, formando povo
Deixando números nas estatísticas
E não vê sentido em nada.
Dou um grito que ecoa no infinito
Do meu eu...encurralado.
Estico as mãos para pegar
As nuvens que são meus cabelos brancos.

Será que meu tempo já passou
Ou apenas não chegou,
Porque sei que não vivo o agora.

Jose Luiz Paiva

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Fugas




Como a pomba que escapa
E busca no alto a liberdade
Voa...voa...se relaxa
No horizonte desaparece.


Também vou procurando minha paz
Dentro de uma alma reprimida
Que está marcada ...aqui jaz
Em uma dor tão definida.


Eu e a pomba nos encontraremos
E, no futuro, dividiremos
A beleza de poder bem viver.


Sem os apertos das paredes fechadas
E de uma mente telhada
Seremos dois seres a não mais sofrer.


Jose Luiz Paiva

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Oração a um suicida

Oração a um suicida

Confie que a vida é uma glória
Mais bonita que existe, você
Não pode desfazer-se como se
fosse tua inimiga.
Você não é dono dela
Apenas a tem emprestada
E, mais tarde vai ter que
Devolve-la, por certo,
De forma melhor do que quando
A recebeu...se você tem ódio
De todos os que o cercam,
Por certo não são eles os errados
Reflita... descarregar sobre
a vida, o seu ego inconseqüente
Por tudo que não conseguiu até hoje
É não saber lutar....para vencer.


Jose Luiz Paiva

Bibliotecária

Quando entro
Vejo seu sorriso
Tão lindo,
Tão puro.
Nas estantes
O assunto
Num livro
Profundo.
Eu não sei
Como procurar
Você me ensina
Me anima.
Em cada gesto
Noto o amor
Que se destaca
Na profissão que abraça.
Tudo no lugar
Bem catalogado
Sabes o que fazer
E o faz com prazer.
Eu te amo
Como as coisas
Mais belas do mundo
Com amor profundo.
Não fiques triste
Se for devolvido
Livro desencapado
Por um descuidado.
Ele não sabe
Que esta destruindo
Um pouco de você
Que ninguém vê.
E em cada conserto
Num muito obrigado
Num por favor
Está o seu valor.


Jose Luiz Paiva

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Desapontado.

Vi
Que ali não era meu lugar,
Senti
Que devia sair para não chorar.
Busquei
As flores que a primavera fez
Desabrochar,
Em campos maltratados, sem vida.
Tudo precisaria ser transformado,
Coisas
Que passam pela minha cabeça,
Se perdem
Nos horizontes dos que não
Me entendem,
E eu, continuo apenas a passar
A viver.

Jose Luiz Paiva

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Madrugada.

É bonita
Cor de rosa,
Avermelhada.
Não importa,
Traz beleza.

É tão rica
Traz delírio
Algazarra
Cara cheia
Mulherada.

É chão duro
Desespero
Pé-rapado
Barriga grande
Bóia-fria.

Jose Luiz Paiva

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Coisas do amor.

Como num abraço de saudade
Em que todos os toques são sentidos.
Como num belo discurso de criança
Que todos fingiram acreditar.
Como mãos entrelaçadas
Que todos se apertam dominantes.
Como todos os sonhos que tivemos
E jamais gostaríamos de esquecer.
Como as folhas secas do outono
Que teimam em cair dos galhos.
Como a primavera que chega
E que depressa vai embora.
Como um sorriso de criança
Ensinando-nos que estamos vivos.
Como num olhar lépido de um animal
Não sabemos se o medo é nosso ou dele.
Como tudo isso que existe
Nós também nos encontramos.

Jose Luiz Paiva

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Lucélia

Em teus campos corri,
Como corre uma criança livre.
Busquei de peito aberto
A vontade e a certeza de viver.
Te fiz senhora de meus passos,
Dona da minha vida.
Me entreguei no afeto
Do teu valor absoluto.

Deitei contigo tantas vezes
Marcando meu sonho real.
Querendo trazer junto ao peito
Tua grandeza vertical.
Foram teus campos floridos
Que me fez voltar,
E agora não posso ir.

Te vi crescer
E cresci em ti
Oh! Luz do céu....


Jose Luiz Paiva

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Estrela

( Para Niéle Mazini)

Às vezes penso
Que é uma estrela.
Mas estrelas estão distantes
E você tão perto.
Talvez seja pelo teu brilho
Ou pela tua graça
Mesmo pela tua luz.
Talvez seja simplesmente por você!

Sei que é uma estrela.
Pela sua pureza
Por sua grandeza
E por ser mulher!

Jose Luiz Paiva

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Corpo de Bombeiros Adamantina

Como brilham os olhos de um homem
Orvalhado pela luta profunda
Reencontrando em seu ego escondido
Poder de ajuda a um ser igual
Oferecendo de si grande amor.


Destemido, como se valente fosse
Elevando uma luta tão sua.


Bravo companheiro que dá
Orgulhoso o seu mais profundo trabalho
Minorizando a dor de uma vítima.
Batalhador de justo sentimento
Em direção ao irmão acidentado.
Irrompendo o peito a certeza
Real, de estar no caminho certo
Objetivando um valor sagrado,
Seu caminho a Deus.


Alvos estes homens serão
De respeito e exemplo, pois
Amanhã seguirão seus passos
Muitos filhos, hoje pequeninos
Abençoados já, pelo destino.
Nascer de valorosos guerreiros
Tangidos do braço forte do berço
Inspirado na alegria do dever cumprido
Na sagrada missão de seus pais
Anti-heróis, apenas bravos homens.

Jose Luiz Paiva

sábado, 16 de fevereiro de 2008

União

Me da sua mão e vamos caminhar
Encostar nos ombros
As lágrimas choradas
Dos desencontros.
Colher a flor que alegra as roseiras
E colocar nos seus cabelos
Sentindo o perfume
Que se mistura com o seu corpo.
Selar em nossas bocas, juras
Que somente os beijos
Da paixão ardente
Podem exprimir.
E depois voltar com o olhar brilhante
Como se de repente
Tudo pudesse ter sido
Simplesmente...um passeio.

Jose Luiz Paiva

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Parapeito

Da chuva lá fora
Que molha meu medo
O medo de fora
Na hora da chuva.
No canto da vida,
Da vida que canto
No frio da lágrima
Do rosto molhado.
Da palma da mão
Da mão esquecida
Que fecha direta
Na chuva lá fora.

Jose Luiz Paiva

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Ato de transformação.

.


Do verde do medo
A gente se acanha
Se perde
E se entrega.
O grito do medo
Que abocanha
Se perde
Na entrega.


A gente se agita
No ato da transformação

Jose Luiz Paiva

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Morte

Talvez uma feliz passagem
Da qual a gente tem medo,
Mas sempre espera
Por essa feliz viagem
Que desvenda segredos
Do que se fez na terra.

Reencontro do que fizemos
Recuperação de pretensos erros
Desafio de poder encaminhar
O irmão para que o auxiliemos.
Insistentes apelos
Dos que vivem e só fazem chorar

Ferida profunda marcando
Que nos amou profundamente
E que se perde dentre as lembranças
De quem a gente vive se escondendo
Mas abe que frente a frente
Será sempre vida eterna.

Jose Luiz Paiva

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Mal Casada

Borboleta negra, livre
Pára...olha...vive,
Transporta toda nua
O dom de bem viver.
De repente, na rede crua,
Presa...chora...morre.
Brilha a luz que te deram,
Não é a tua luz!
A paz em que vives, sem paz
Olha...vê e não tem
Em todo o tempo,
O tempo de viver.
Toma tua luz,
Tira da tua capa
O néctar que seca
O movimento...e vai,
Viva, borboleta negra,
Livre!

Jose Luiz Paiva

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Dono da terra.

O Dono da terra.


Um grito de guerra do forte nasceu
Como um trovão que se impõe na tempestade
Para tingir a vitória,
No combate em que até hoje teu povo viveu.


Tiram o chão não te deixam trabalhar
Matam teus filhos, te expulsam...
Não querem que eles vivam
Para na terra produtiva plantar.


Esses grandes latifundiários, com tanta terra
Que não sabem o tamanho de seu pertence
E quando falam em reforma....não convence
Tentando justificar, provocam a guerra.

O lavrador humilhado se arma e ataca
Invade fazendas, se instala com a família
Ergue seus barracos, se enquadrilham
Para poder enfrentar a velhaca.


O doce do chão produtivo vai crescendo
Dando sustento para tanta gente
E parece que de agora em diante
De fome na se vai mais perecendo


De noite vem toda a capangada do fazendeiro,
esse ganancioso,
Dando tiro para todo lado
E botando fogo em toda palhada

Morre o pobre trabalhador, como herói
Que só queria um pedaço de chão para plantar
Não queria ser dono...apenas trabalhar
Para matar a fome que aos filhos corrói

Vai crescendo o povo da roça, abandonado,
Sair para os grandes centros....É destino
Sair do cabo da enxada
Para dar mão de obra em prédio eriçado

Luta meu povo, põe para fora tua ira
Mostra que você é dono de tudo
Endureça a luta, de o entrudo
Fecha o punho e, como bravo, se atira

Não deixa teu sangue manchar o chão
Nem deixe que te pisem ou maltratem
Pois um povo trabalhador não se abate
Pra que sua luta não seja em vão.

Jose Luiz Paiva

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Minha esposa, minha amiga.

Você é a dona da minha vida
Me comanda e me engrandece
Sabe tudo de mim
Me domina, me enriquece

Quando necessito de ombros
Os seus estão me esperando
E em cada lágrima de choro
Seus afagos vão me acalmando

Dizer simplesmente te amo
Não é o que ao mundo proclamo
Digo muito mais que isso

E a cada dia passado
Muito mais apaixonado
A você muito me ligo


Jose Luiz Paiva

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Reação

Nos meus dias de solidão
Via as estrelas passarem
Sem entendê-las.


Nos meus dias de solidão
Via as noites mais escuras
Sem entendê-las.


Nos meus dias de solidão
Pensava estar acabado
Para os meus dias.

Nos meus dias de solidão
Não resisti
E reagí.


A solidão dos meus dias se foi
Pela reação
Da minha solidão.

Jose Luiz Paiva (06 de fevereiro 2008)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Diálogo ao amanhecer

De manhã
Bem cedo
As pessoas passam.
Bom Dia
Dona Maria!
E os filhos?
Estão bem,
Trabalhando.
E a filha?
Casou
Engravidou
Vem um neto.
Deixe-me ir
Que a hora passa
E o trabalho
Não espera.
Até amanhã!


Jose Luiz Paiva

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Nuances

Como é lindo o amanhecer da minha terra
Que fica junto ao pé da serra. O vento soprando leve
tocando rapidamente a pele. O sol por sobre a mata
qual uma vermelha manta. Tudo isso a Deus se deve.

Os amores de minha infância,
Talvez só coisa de criança marcando fundo minh’alma.
E numa profunda calma em que rege a tolerância
traz consigo a abundância do cantar da passarada.

A tristeza de dizer adeus um dia;
Um gemer, uma agonia em deixar o que há de mais belo;
Aquele amor sincero, aos animais, à minha gente amiga
Abriu funda a ferida, mas voltar ainda espero.

Hoje aqui distante desse pedaço do céu,
Num suspiro como fel que me amarga o coração
Peço a Deus em oração, à mãe; senhora com seu véu
Que seja sempre fiel, não nos deixe perder a tradição.

Minhas malas estão prontas, fechadas ale naquele canto.
Vou até cair em pranto, porque hoje devo voltar
Pra correr, passear, visitar cada ponto
Promover meu encontro com os amigos do lugar.



Jose Luiz Paiva

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Eras

Eras meu aconchego
Nos cansados dias
Em que precisava de ti
Para sufocar minha idiotice.

Eras meu aconchego
Para guardar no silêncio
Os assuntos sem importância
Que insistia em trazê-los


Com sua paciência
Ganhastes minha vida.
Terás que suportá-las para sempre.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Priscila

(Minha Filha)

Esse teu sorriso é tão puro
Que me tira a razão
Em meus dias sérios.
A cada passo te agarro
Pensando que num tropeção
Você possa cair, e em delírio
Me vejo de arrasto no chão
Rolando como que fugindo
Desesperado de uma armadilha,
E quando penso que escapei, tua mão
Me agarra quase ferindo
Meu tímpano com sua gargalhada.
Eu vivo você o dia inteiro
Às vezes me enrosco no seu abraço
Você é minha musa, minha amada.
Mesmo quando puxa meu cabelo
Se envolve em meu pescoço, como laço,
Será sempre adorada.
Sei que vai crescer
Talvez não me procures mais
Terá vida independente
Mas para mim será
Sempre a doce pequenina
Minha criança contente.

Jose Luiz Paiva

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Amor

Eu vi você chegar
Se aninhar em meu peito
Tomar a forma e o jeito
De alguma coisa bonita
Dar valor às coisas tão simples
Colorir a própria vontade de viver
Fazer pequeninas coisas crescerem
Me deixar simplesmente feliz
Ouvir o canto dos pássaros
Num gemido qualquer
Mesmo que possa saber
Ser um gemido de dor
Também senti você partir
Deixar coisas tão lindas
Que muito marcam ainda
No meu peito, feito raiz.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Dominado

Tu sabes que te amo
Por isso abusa de mim
Me fazes correr atrás
Te escondes quando passo
Vibras no meu espaço
Agitas toda a minha esperança.

Te fazes menina-criança
Te jogas nos meus delírios
De paixão e fogo
Como se fosse doença.

Tiras de mim toda fera
Me doma de qualquer jeito
Me joga como brinquedo
De borracha mole
Que bate no chão e volta.

Na tua fonte me aconchego
Como se achasse um ninho quente
Vou e volto ao fundo do amor
Que não me deixa ficar.
Mulher...me deixa afagado
Se afasta e me arrasta no cansaço
De quem se deixou dominar.


Jose Luiz Paiva

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Loucura

Por te amar desse jeito transparente
Entre a razão é que me perdi
Numa verdade que só eu vivi
E tudo se transformou.
A nudez de meus sentimentos
Exposto a uma pura paixão.
Sem preparo me vi
Pensando que o mundo parou.

Não é verdade que as folhas mortas
Carregadas pelo vento do inverno
Só param quando chegam ao inferno
De um fogo a queimá-las.
Pois a tua sombra nua
Projetada nas paredes do meu quarto
Como se você ali de fato
Estivesse comigo tão presente.


Se interferindo tanto, penetrando
Na minha cabeça, como se fosse
Uma melodia tão doce.
Mas de repente se transformando
No manto negro da noite,
Não me dando tempo
E a chance de segura-la

Para o fogo da paixão não queimar meu peito.



Jose Luiz Paiva

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Esperança

Em cada prado que eu passar
Passo lento, passo largo
Passo constantemente pela vida
Da qual não quero passar

E do prado, o pranto se enternece
Como se fora alma divina
Divino é o pranto que escondo
Para não sentir que a vida entristece

Quando digo que não digo nada
Talvez em mim não se coloque crédito
Todos ouvem o meu silêncio
Como se fora um grito efêmero

Por isso vida, em mim não divida
A vontade de mais viver
Não é só querer e não é só poder
Pois somos juntos, a esperança procurada.


Jose Luiz Paiva

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

O prazer de ensinar

Para Professora Magaly Zina



Fina doçura
De um olhar meigo
Compenetrado
No ensinar diário.

Elegância clássica
de altivez suprema
no gesto simples
de fino trato

Traz consigo
o prazer de ensinar.

Não há pedras no caminho
que possam rolar
nem tropeço
nem percalços

Há inquietude
De não podermos
Retribuir
O que nos pode ensinar.

Ah! Saudade que ficará
Quando tivermos que nos separar
Ficando o exemplo digno
De quem tudo fez para que aprendêssemos.

No mais alto que estivermos,
será sempre indicada,
como nosso marco inicial.


Jose Luiz Paiva 15 de outubro de 2007

domingo, 27 de janeiro de 2008

Paz num sorriso

Paz num sorriso

Para a Professora Edilene



Todos os dias quase à mesma hora
espero entrar a alegria
pela porta da frente.
E vem ela, a felicidade
em forma humana


Traz paz, alegria!

Tudo muda.
Um sorriso amigo, um cumprimento.
São instantes simples e únicos


Sempre lhe digo que ao passar
junto leva uma auréola.

Não há quem não queira sua companhia.

De manhã, parece o desabrochar das flores.
À tarde, lembra o revoar das borboletas
sobre as flores.
À noite, o descansar da criança recém-nascida.
Assim é o sorriso que sorri para todos.


Parece-me dizer, sem falar
que todos somos especiais
somos todos irmãos

E como tal, filhos de Deus.

Quando me for daqui, deste lugar
acho que virei todos os dias
a essa mesma hora
para vê-la chegar trazendo essa paz.

Paz de um ser humano muito especial.



15 de outubro de 2007
Jose Luiz Paiva

sábado, 26 de janeiro de 2008

Histórias de Quiabo

O Pára-quedas.


Quiabo tinha esse apelido, pois era muito escorregadio. Um bom menino, mas às vezes queria ser muito mais esperto do que realmente era. Até a idade escolar, tudo foi normal na vida dele. Quando passou a estudar no primário, desde o primeiro ano, muita coisa mudou em sua vida. Uma vez quiabo, junto com outros amigos, estava no pátio da escola, quando um pára-quedas, vindo de fora, ficou enroscado, numa arvore. Era um pára-quedas feito por outros garotos, de plástico, com fios e um homenzinho de borracha. Começaram a jogar pedras, para que o brinquedo caísse, tentaram subir na arvore, em enfim, não conseguiram o intento, Mesmo que o pára-quedas se danificasse, dava para pegar o homenzinho e colocar em outro. Então quiabo teve uma “brilhante idéia”; jogar sua maleta para tentar derrubar o objeto de desejo. Assim fez. Porem esqueceu que naquele dia, sua mãe tinha feito chá e colocado numa garrafinha de vidro, para que ele bebesse no recreio junto com lanche. Foi só quando a maleta caiu que ele percebeu a besteira que tinha feito. Ouvindo o estilhaço de vidro, começou a chorar, pois sabia que havia quebrado a garrafa, e nesse caso, todo o seu material escolar estaria danificado. Abriu a paleta com o coração em pedaços, confirmando seu presságio. Foi para a sala de aula, e não parava de chorar. Mas não foi tanto pelos danos materiais, não, que chorava tanto, foi pela perda do lanche. A professora tomando ciência do que aconteceu, pediu para alguém comprar umas bolachas e deu para quiabo. A matéria, bem, deu para aproveitar algumas folhas, depois conseguiria outro caderno. Chegando a sua casa, quiabo contou tudo aos pais, pois ele não escondia nada de seus pais, prometeu que nunca mais faria isso de novo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Elizeth

Te busquei no tempo, menina,
flor,mulher
do meus dias reais.
Alisei teus cabelos
beijei teu rosto,
como uma leve brisa.
E no tempo, o vento
trouxe folhas mortas
arrastadas
nos entregando à solidão
das entregas
forçadas.
Do beijo doce, aromado
com perfume do viver
reluzido
não ha raio de luz
tão mais claro
que o amor.

Jose Luiz Paiva

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Praia

A brisa que toca seu corpo
e faz vibra
a alma, gela!
A água nas pontas dos pés,
gelada,
chega até a alma.

Meus dedos nas tuas curvas
faz tremer
seu corpo inteiro.
O som tremido de sua boca
refece
todo meu corpo.

Na hor ado agora
a demora
desgasta.
Desgasta o basta
da areia nos corpos
que rolam.

Jose Luiz Paiva