segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Aboleimar.


Quando penso que estou ganhando

Vem a abelha mestra e transforma minha vida

Ficando tudo de pernas para o ar

Resultando em escombros e estragos

E aquela  dor que me transforma em culpado

De tudo que aconteceu

Mesmo sabendo não ser essa a verdade absoluta.

Pouco a pouco limpo os entulhos

Aparando as arestas, limpando o terreno

Sob a nuvem que continua escura

Podendo desaguar a qualquer momento.

Estou querendo jogar tudo para o alto

Partir em busca do alento que aqui não tenho

Mas tenho medo que mesmo longe, essas águas turvas

Alcance-me. Anoitece!

Ao deitar na cama, as costas me são oferecidas e a um

Simples toque surge dores, como se fosse crônica

Daquelas que nunca saram.

Uma pequena cicatriz no meu coração se abre,

O sangue escorre em forte hemorragia - a morte em vida,

Vem chegando pouco a pouco.

Vamos esperar o amanhã... se é que virá.

                                                                 jose luiz paiva

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